A forma como cada indivíduo aprende varia de acordo com inúmeros fatores pessoais e/ou sociais. Para compreender melhor esse tema, pesquisadores desenvolveram várias teorias a respeito das diferenças no aprendizado, dentre elas, a teoria dos Estilos de Aprendizagem de Felder-Silverman. Esta teoria apresenta uma maneira de identificar e classificar os estilos em quatro dimensões distintas, sendo elas: sensorial-intuitivo, visual-verbal, ativo-reflexivo e sequencial-global, onde cada indivíduo apresenta um grau de preferência de aprendizagem (moderado, balanceado ou forte) em cada dimensão, cuja identificação pode ser obtida através de um questionário apresentado no próprio trabalho de Felder-Silverman. Diante disso, o objetivo desta pesquisa foi identificar e classificar o estilo predominante de cada estudante. Para tal, primeiramente um questionário de 44 questões referentes ao estilos e 4 questões referentes aos dados pessoais dos alunos foi aplicado a um total de 137 estudantes da UFERSA - campus Pau dos ferros, dos cursos de Ciência e Tecnologia, Tecnologia da Informação, Engenharia de Computação, Engenharia de Software e Arquitetura e Urbanismo. Em seguida, os valores das respostas foram codificados de forma binária, enquanto os resultados referentes à classificação dos estilos de cada aluno foram codificados de forma decimal, variando de 0 a 4 para cada dimensão de estilos, percorrendo os graus moderado, balanceado e forte. Posteriormente, foi desenvolvida uma forma de classificação dos estilos predominantes, que também foram codificados de forma decimal, cuja escala varia de 1 a 10, partindo da classe “estilo ativo” até a classe “sem predominância de estilo”. Por fim, foram utilizadas técnicas de Inteligência Computacional, mais especificamente o projeto e implementação de uma Rede Neural Artificial Perceptron Multicamadas (MLP) utilizando o software Matlab, a fim de realizar a classificação dos estilos predominantes. Para o treinamento da rede, foi simulado um banco de dados com valores aleatórios, enquanto os dados obtidos através do questionário foram utilizados para o teste e validação da rede. Os resultados após inúmeros testes apresentaram uma acurácia baixa, em torno de 32%, e a curva ROC demonstrou um valor insatisfatório ao permanecer distante das retas Verdadeiro Positivo = 1 e Falso Positivo = 0, sendo, portanto, insatisfatória. Por esse motivo, foi também desenvolvida uma Rede Neural de Função de Base Radial (RBF), que apresentou uma acurácia ligeiramente melhor, mas estudos abordando outras técnicas ou arquiteturas são necessários com o intuito de se obter uma melhor classificação.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas